Voltei! Depois de muito tempo, eu sei. Mas eu voltei, ok? :( Não me julguem.. minha vida tava corrida e cheia de provas na escola e etc etc.
Há muito, muito tempo, eu disse que faria a indicação de alguns filmes que eu vi nas férias (faz muito tempo mesmo). Eu ainda vou fazer isso, aguardem. Mas hoje eu vim indicar outro filme pra vocês.
Minha professora de teatro indicou alguns filmes que iria ajudar na montagem da peça. Entre eles,
Dogville.
O roteiro e a direção são de Lars Von Trier, que é dinamarquês.
Se você nunca viu esse filme, veja. Entrou pra minha lista de favoritos. Não só porque ele é
totalmente diferente de tudo no cinema atual, mas porque ele trata tudo com simplicidade, e você fica pensando como você nunca tinha notado algo antes
. A forma de filmagem, a história e como ela vai se desenvolvendo, a fotografia e os personagens são muito diferentes do que nós estamos acostumados. Levei um tapa na cara, pra falar a verdade.
O filme me encantou por causa disso. Ser totalmente diferente e tratar sobre um assunto que é tão real e tão abstrato ao mesmo tempo.
Fazendo um resumão, com
spoiler pra vocês:
Dogville é uma vila pobre nas montanhas onde moram pouquíssimas pessoas e todos se conhecem. Entretanto, não é tão simples assim. A vila não tem paredes entre as casas, e enquanto você vê um cena dentro de uma das casas, você consegue ver os outros personagens. Isso me fez pensar o quanto as coisas estão na nossa cara e a gente não vê (ou faz questão de não ver). Também não há árvores nem o cachorro, que se ouve o latido o filme todo. No final, a gente sabe que tudo isso existe e que foi apenas uma forma de abordagem (genial, eu diria) do diretor.
O que acontece é que chega uma mulher desconhecida, Grace (Nicole Kidman), na vila e os habitantes tem que decidir se vão ou não deixar ela ficar. Eles aceitariam ela por duas semanas e depois dariam a decisão final. Durante essas duas semanas, Grace ajudou a todos de todas as formas que podia e conseguia e todos, claro, ficaram felizes. E depois de duas semanas, eles decidem que ela iria sim ficar. O problema é que, por deixarem ela ficar, os habitantes começam a exigir mais de Grace e acabam se aproveitando MUITO dela, de todas as formas. E no final eu fiquei pasma. Muito pasma. hahaha.
Jã dei muito spoiler, rs. AGORA VEJAM O FILME!
O filme mexeu comigo porque ele mostra cada defeito que nós temos de uma forma tão, mas tão explícita (não ter paredes também ajuda nisso) que eu fiquei me perguntando como que eu nunca havia me preocupado com isso antes. É um retrato do mundo atual e além disso, mostra a essência que, querendo ou não, todo mundo tem. Tirar proveito da bondade das pessoas já faz parte da nossa vida e nem sempre a gente percebe. Não há pessoas totalmente boas e nem pessoas totalmente ruins. E tudo isso é mostrado no filme como se fosse a coisa mais simples do mundo, mas que a gente não consegue ver. Mas só pra quem está vendo o filme, porque para os personagens estão tão acostumados a fazer tal ações, que mesmo com todos os defeitos serem jogados na cara deles (o que a Grace faz no filme.. spoiler, cof cof), eles não enxergam e não admitem seus erros.
É ou não é o mundo em que vivemos?
Pelo o que eu vi, esse diretor sempre faz filmes nesse estilo, fugindo do convencional cinema de ação-comédia romântica do mundo.
Enfim.. o filme tem muita coisa a ver com a minha peça esse ano e é fodaaaa! Recomendo pra todoso!
haha *-*
Espero que tenham gostado do meu resuminho (cheio de spoiler, me desculpem) e que tenhas vontade de assistir o filme.
Beijos :)))))))))))
